2.5.11



Confiança
(s. f.)

1. segurança íntima ou convicção do próprio valor
2. segurança de alguém que crê em alguém ou alguma coisa; certeza
3. crédito
4. ânimo

(s. f.)

1. crença absoluta na existência ou veracidade de certo fato; convicção íntima
2. compromisso de fidelidade à palavra dada; lealdade
3. confiança absoluta (em algo ou em alguém); crédito

Confiança e fé. Termos similares, que podemos depositar tantos em nós próprios como nos outros. Dizem que o primeiro passo é acreditarmos em nós, já que sem isso provavelmente estaremos em situação débil para criar uma base de confiança com alguém. Confiar e ter fé em mim mesma. Será que o faço realmente ou é uma mascara que uso durante o mundo? Olhando para trás observo uma evolução. Evoluí de facto. Dos dias em que pensava que devia demonstrar ser algo para merecer confiança até aos dias em que percebi que sendo apenas eu era mais que suficiente. Não ocorreu nada extraordinário para provocar esse salto, talvez uma melhor consciência do meu eu. Uma visão de mim mais bem definida contribuiu para que me deixasse ser natural, sobretudo mais espontânea.


1º passo - Confiar em mim
2º passo - Confiar no outro


É aqui que se levantam discussões maiores. Sempre tive tendência a depositar demasiada confiança nas pessoas, especialmente a tratar alguém por "amigo" demasiado cedo. Como é óbvio já tropecei muitas vezes à custa disso. O que nos leva a confiar cegamente? O tempo, a constância da pessoa na nossa vida, o provar o seu valor em situações extremas, uma palavra sábia na hora certa, o conforto que se sente quando se está na sua presença. Existem um sem número de variáveis que nos levam a desbloquear e a sentir que “Ok, posso revelar o meu eu mais íntimo, estou em segurança”

Contudo, muitas vezes o nosso julgamento é afectado, vemos o que queremos ver, vemos aquilo que outro quer que vejamos, sem termos perfeita noção disso. Como diria o meu querido Dexter “Só vemos duas coisas nas pessoas: aquilo que queremos e o que elas nos mostram”. Claro que também não se pode viver constantemente de pé atrás com o mundo só porque houve alguém que se provou não ser digno de confiança (não sou fã da expressão “farinha do mesmo saco"), mas há que ter em mente que tudo deve ter conta, peso e medida, já que confiar nunca deixa de ser um risco que corremos.

Afinal a vida não é isso? Correr riscos? Arriscar ter fé em alguém é poder eventualmente fazer um amigo para a vida. Aquele meio caminho entre o sim e o não, o certo e o errado, tão constante, dá um sabor diferente a cada dia. Já confiei demasiado, já quis não confiar e construir um muro que impedisse qualquer tipo de falha, agora encontrei um meio-termo que me tem deixado bastante satisfeita. Ninguém nasce a pensar que um dia a sua vida vai acabar, porque raios se há-de formar amizades a pensar que provavelmente iremos sair desiludidos?

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