21.1.11

Quase.

Quase. Quase em época de exames, quase no fim de Erasmus, quase de volta a Portugal e quase a terminar a licenciatura. Assim se vai meio ano sem se dar por isso. Novas experiências, novos amigos, novas vivências, que me fizeram crescer e denotar o verdadeiro sentido da palavra Casa. Casa é onde estão as pessoas que gostam de nós pelo que somos e com todos os defeitos que acarretamos connosco. Casa é onde podemos chegar ao final do dia e ter aquela sensação de (re)conforto gratuita. Com esta conversa toda é fácil perceber que tive saudades da minha casa enquanto estive em Espanha, mas este QUASE dá-me alento nesta recta final. Não sei se é suposto sentir-me assim. Todos os estudantes de Erasmus que conheci gostariam de permanecer no programa eternamente. Acho que não fui talhada para estar longe daquilo que conheço, do meu ambiente natural e especialmente das pessoas a quem chamo amigos (que são poucas, mas boas). Admiro as pessoas que se adaptam a qualquer espaço, a qualquer situação. Não quero com isto dizer que não me tenha adaptado bem aqui, mas para mim a adaptação perfeita seria estar tão confortável que não sentisse falta de mais nada, que pudesse chamar Casa onde estou neste momento.

O problema é a minha personalidade, facto que me trouxe a Erasmus. Tinha que provar a mim mesma que era capaz de sair da minha zona de conforto. Sair até saí, mas não estou a pular de alegria por esse feito. Cabeças duras são difíceis de mudar e sempre vivi o presente com um pouco de pressa de chegar ao futuro: estava em Leiria com pressa de vir para Erasmus, estou em Erasmus com pressa de ir para Estágio (e tenho a certeza que quando estiver em Estágio vou morrer de ansiedade para entrar no mercado de trabalho). Nunca estou satisfeita com nada, sinal de que sou humana. O tempo há-de encarregar-se de me moldar, eu pelo menos assim espero, já que as minhas tentativas de mudar saem sempre frustradas. Será sinal de que estou bem assim?

Sinto que tenho o dever de fazer um balanço final destes meses passados, porém, vou deixá-lo para mais tarde aplicando a lei da procrastinação. Tem havido muito estudo por estes lados e fazer uma análise neste ponto do campeonato seria feita por obrigação e não é isso que quero. Para finalizar vou partilhar convosco algo que encontrei por acaso e que me surpreendeu por acertar em TUDO. Felizmente não tem nada que ver com esta neura toda dos exames e do final de Erasmus. Intitula-se "10 razões porque és Touro" (que para quem me conhece sabe que é o meu signo do Zodíaco):




10. Uma palavra: teimosa 
(é verdade, que nem uma mula)
9. O teu lema: melhor lutar do que mudar! 
(adversa a grandes mudanças) 
8. Adoras sapatos práticos 
(morte aos sapatos de salto)
7. Sabemos sempre o que vais fazer 
(sou tão previsível, é o custo de ser metódica)
6. Esforças-te demasiado 
(em tudo na vida)
5. Nunca ganhaste o prémio da "delicadeza" 
(eu bem que tento ser mais feminina)
4. Comes qualquer coisa 
(a minha mãe que o diga)
3. Desistir é um conceito estrangeiro 
(que não consta no meu dicionário)
2. És, oh, tão romântica 
(o meu pior defeito, acreditar que a minha vida ainda pode virar um filme da Disney)
1. Nasceste sobre o signo de Touro 
(11.05.1989)