25.2.09




Mais um dia de férias. Mais um dia de inutilidade e de vazio. Hoje senti mais que nunca que continuo a mesma. A mesma de há dois anos atrás, antes de tudo. Já deveria ter mudado, esse é o facto. Cabeça dura. Insegurança, vergonha e medo. Palavras que até há algum tempo atrás não faziam sentido. Estados de espírito que pensei ter enterrados algures no meu subconsciente. Pensei que tinha chegado ao cimo, e que daí ninguém me poderia derrubar. É incrível como nos pregamos partidas. Depois de tanto caminho percorrido, de quedas e sofrimento, a que se seguiram aqueles pseudo momentos de felicidade... A culpa é do topo, desse patamar utópico a que chegamos em raros instantes do nosso percurso. Por vezes desejo nunca o ter conhecido. Não podemos sentir falta do que nunca saboreámos. (penso da mesma forma com os chocolates!) Retrocedendo umas semanas, nem o conceito de refúgio psicológico era necessário. Sentia-me integrada, querida. Mas é ilusório. Algo que faço com frequência. Iludir-me. Chego a pensar se não é propositado... Pela primeira vez este ano senti o mar no meu corpo. Até ele me trata de forma diferente. Ou sou eu que o olho com um diferente olhar? Não gosto desta incerteza. Se pudesse erradicava tudo o que sugerisse dúvida da minha vida. Sinto que percorro a beira de um abismo, fascinada com o que poderá haver para lá do nevoeiro, contudo demasiado presa para saltar. Presa por estereótipos, por preconceitos, por todo um conjunto de ideias predefinidas. E enquanto estiver envolta por este tipo de ideologias sei que nunca serei eu mesma. Detesto agir segundo o que esperam de mim, mas é o que acaba por acontecer, sempre, independentemente do que quero ou do que seriam as minhas expectativas. Culpo novamente o topo (esse estado sublime) por tudo. Farei de tudo para atingi-lo novamente. Por isso fico assim quando me desiludo. Quando penso que encontrei uma alma errante como eu, com quem poderei partilhar tudo isto, o meu coração responde aos impulsos que vêm de dentro, chamem-lhe alma se quiserem, e eu não posso fazer nada. É como se o meu cérebro não filtrasse as informações. O pior é quando a ilusão cessa. E volto mais uma vez ao sentimento que fica, e ao gosto amargo. E quanto mais amargo é o gosto, mais me sinto manipulada, usada de alguma forma, por algo ou alguém, que me conhece melhor que eu. Isso revolta-me. Na vida real, forma dos meus sonhos e fantasias, são poucas as pessoas que me conhecem verdadeiramente. Poucos são os que fazer um esforço para descobrir mais do que a vista alcança. Não me admiro que me considerem uma frustrada, deve ser exactamente essa a imagem que transpareço: uma frustrada com problemas de consciência. Quadro tão lindo, não haja dúvida. O pior: lamentarmo-nos não nos leva a lado nenhum, nem tão pouco nos deixa evoluir. Só preciso de alguma motivação, masculina de preferência, para me tornar uma pessoa melhor. Odeio ter que depender dos outros, contudo a minha vida é em função do outro, sou tão paradoxal e indefinida que até é irónico... Espero pelo que nunca virá... Haja paciência!

22.2.09


A caminho de casa

Esta deveria ter sido uma semana positiva. Hoje (sexta-feira) deveria ser o meu final feliz. Neste momento vou a caminho de casa. E entre os balanços do comboio dá-me para pensar nesta semana. O jantar de curso foi, sem duvida alguma, o ponto alto. Tanto pelos bons motivos, como pelos menos bons. Sentia falta de dançar, de me rir sem motivo. O melhor é enquanto danço, não consigo pensar. Não o faço conscientemente. É apenas a adrenalina de ser eu própria a funcionar. A música, o ritmo, todas aquelas caras familiares. É sem dúvida contagiante. Eu não sou fã de sítios fechados (por alguma razão tive que sair duas vezes para apanhar ar), todo aquele odor a álcool e a tabaco também não me atraem. Contudo, o grupo valia a pena, e ia estar com ele. Pelo menos pensava eu, era essa a minha expectativa. Começando logo pela forma como me tratou à chegada. Aproximou-se da mesa dos caloiros (onde me incluo) e soltou um “olá” demasiado seco. Ele não é assim. Não é dessa forma que o vejo. E desde este olá até ao final deste jantar nada se passou. Nem tão pouco na noite de dança interminável. Passou a noite com uma cara estranha, e olhar vazio. Numa das minhas visitas ao ar fresco acabou por admitir que não estava bem. “Problemas pessoais”, disse ele. Não insisti, apesar de querer mais que tudo que ele desabafasse comigo. E cada olhar próximo cortava-me a respiração de uma forma... “Podes confiar em mim”, gritavam os meus olhos. Porém não verbalizei nada. Eu sou assim. Nem sei que palavra utilizar para caracterizar o tamanho da minha inutilidade... Porque não disse nada? Afinal quero aproximar-me. Ele também não deu sinal de querer que eu expressasse mais do que os meus olhos diziam naquele momento... é por isto que os silêncios me assustam. Porque não os sei definir. Aquele sentimento de estranheza perturbou-me bastante. E com a estranheza veio o afastamento. O estereótipo diz que as mulheres são complicadas mas o facto é que os homens também o são. E não é pouco. Especialmente os que têm tendência para crises existenciais! Não o condeno por nada, não sou ninguém para o fazer. Mas o sentimento de frustração que ficou tem um sabor amargo... Sei que precisa de mim. Só tenho que ter paciência. O meu problema é ficar dependente deste tipo de sentimentos. Aproximo-me e fico cativada. A culpa é minha. Eu não deveria funcionar assim. Já tropecei demasiadas vezes para eventualmente ter aprendido a lição... Ele não deixa de ser especial. Há-de sempre ser aos meus olhos.

16.2.09


I hung up the phone tonight,
Something happened for the first time,
Deep inside it was a rush, what a rush,
Cause the possibility that
You would ever feel the same away about me,
It’s just too much, just too much
Why do I keep running from the truth,
All I ever think about is you
You got me hypnotized, so mesmerized,
And I just got to know

Do you ever think, when you’re all alone,
All that we can be, where this thing can go,
Am I crazy or falling in love,
Is it real or just another crush
Do you catch a breath, when I look at you,
Are you holding back, like the way I do,
Cause I’m tryin’, tryin’ to walk away
But I know this crush aint’ goin’ away, goin’ away

Has it ever cross your mind when we’re hangin’,
Spending time girl,
Are we just friends, is there more, is there more,
See it’s a chance we’ve gotta take,
Cause I believe that we can make this into
Something that will last,
Last forever, forever

Do you ever think, when you’re all alone,
all that we can be, where this thing can go,
Am I crazy or falling in love,
Is it real or just another crush
Do you catch a breath, when I look at you,
Are you holding back, like the way I do,
Cause I’m tryin’, tryin’ to walk away
But I know this crush aint’ goin’ away, goin’ away

Why do I keep running from the truth,
All I ever think about is you
You got me hypnotized, so mesmerized,
And I just got to know

Do you ever think, when you’re all alone,
all that we can be, where this thing can go,
Am I crazy or falling in love,
Is it real or just another crush
Do you catch a breath, when I look at you,
Are you holding back, like the way I do,
Cause I’m tryin’, tryin’ to walk away But I know this crush aint’ goin’ away, goin’ away

Crush - David Archuleta



Mais um dia. Apenas mais um. O facto é que odeio segundas feiras, mas hoje foi mais um passo para ti. Um pouco mais da tua essência. Essa tua presença que me faz flutuar acima do chão. Quando mais sei de ti, mais me envolvo. É um emaranhado de emoção e sentimento. Espero conseguir aguentar-me. Não quero estragar isto.

15.2.09


Bem depois de uma semana como esta dei por mim a pensar numa série de músicas. Isto, aliado aos surtos de loucura com a Vanessa, resultou nesta bela lista de músicas dos anos 70, 80 e 90!

I Will Survive - Gloria Gaynor

So Happy Together - The Turtles

Oh Happy Day - The Edwin Hawkins Singers

I Say a Little Prayer - Aretha Franklin

It's Rainning Men - The Weather Girls

Girls Just Want to Have Fun - Cyndi Lauper

Killing Me Softly with His Song - Roberta Flack

More Than Words - Extreme

The Final Countdown - Europe

Pride (In the Name of Love) - U2

Can You Feel the Love Tonight - Elton John

Perfect - Fairground Attraction

I'd Do Anything for Love (But I Won't Do That) - Meat Loaf

Africa - Toto

Tears in Heaven - Eric Clapton

Time after Time - Cyndi Lauper

Here I Go Again - Whitesnake

With Or Without You - U2

You Shook Me All Night Long - AC-DC

Like a Virgin - Madonna

Beat It - Michael Jackson

Wake Me Up Before You Go-Go - Wham!

Every Breath You Take - The Police

Sweet Dreams (Are Made of This) - Eurythmics

Total Eclipse of the Heart - Bonnie Tyler

Do You Really Want to Hurt Me - Culture Club

Take My Breath Away - Berlin

I Love Rock N’ Roll - Joan Jett & The Blackhearts

We Will Rock You - Queen

One way or another - Blondie

Walking On Sunshine - Katrina and The Waves

Daddy Cool - Boney M

Hot Stuff - Donna Summer

Macho Man - Village People

Staying Alive - Bee Gees

Thats the Way - KC and The Sunshine Band

I Will Always Love You - Whitney Houston

Un-Break My Heart - Toni Braxton

Walkin on Sunshine - Pretenders

Eye of the tiger - Survivor

YMCA - Village People

Uptown Girl - BillyJoel

Unbelievable - EMF

Linger - The Cranberries

Bitch - Meredith Brooks

Believe - Cher

Freak on a Leash - Korn

Genie In A Bottle - Christina Aguilera

Iris - Goo Goo Dolls

Wonderwall - Oasis

Good Riddance (Time of Your Life) - Green Day

Semi-Charmed Life - Third Eye Blind

Wannabe - Spice Girls

Tearin’ Up My Heart - NSYNC

Livin’ la Vida Loca - Ricky Martin

Nothing Compares 2 U - Sinead O’Connor

Losing My Religion - R.E.M.

I Will Always Love You - Whitney Houston

Smells Like Teen Spirit - Nirvana

One - U2

I Want It That Way - Backstreet Boys

Ordinary World - Duran Duran

MMMBop - Hanson

High (Forever You And Me) - Lighthouse Family

I'll Be There For You - The Rembrandts

Americana - The Offspring

Cose della vita - Eros Ramazzotti

Wicked Game - Cris Isak



"É relações humanas! Não pares, não pares!" - palavras de ordem, que se revelaram ser muito mais do que um grito de guerra da tradição de praxe...

O meu curso. Relações Humanas e Comunicação Organizacional. A minha faculdade. Escola Superior de Educação (agora também de Ciências Sociais)

Um semestre passou. Tempo de partilha, trabalho, descobertas. Tempo para estabelecer prioridades e de entender quem ou o que vale a pena. Continuo eu. Aquele eu com todas as dúvidas e incertezas. Aquele eu ingénuo. O meu velho e querido (por vezes indesejado) eu. Desejei mudar, com todas a minhas forças, para algo minimamente melhor. Há aspectos em mim que mudaria sem pensar duas vezes. O facto é que se o fizesse perderia todo o meu charme... Posso ser de extremos (com toda a organização e pseudoplanos) mas gosto-me de uma maneira estranha. No meio de tanta padronização, de pensamentos e sentimentos iguais, sabe bem ser diferente. Como diria o Nuno: "I won't change to fit in because i don't think contrast is a sin"

12.2.09


Ontem foi sem dúvida alguma um dia para recordar. Um dos mais puros desde que estou em Leiria.

(para que conste, safei-me ao primeiro semestre! As notas foram óptimas. Estou realmente satisfeita com o meu desempenho. Mas continuo na mesma. Indefinida. Já comprei o meu traje académico. Um arrombo no orçamento mas vale bem a pena. Até agora tenho três emblemas: Estudante de Leiria, o do meu padrinho Luís (que me deu logo no dia de baptismo) e o do me curso. O traje é de facto um orgulho para mim. Significa toda a luta que tive para estar onde estou, que todo o esforço não foi, de facto, em vão.)

Voltando ao dia maravilha. Não houve aulas. Pelo menos para a minha turma. Acabámos por ficar pela escola, na parvoíce. Foi uma tarde de conversa, risos, partilha. Fez-me bem. Especialmente por uma certa pessoa estar presente. Ele afecta-me de uma maneira que não sei explicar. Parece deja vu, mas sabe incrivelmente bem. Não estou oficialmente apaixonada, mas já faltou mais. Mas nunca levem nada do que digo como garantido. Sou demasiado estranha para o fazerem. Eu apaixono-me demasiado. E com demasiada intesidade. Já estou vacinada contra desgostos amorosos e isso faz com esteja sempre de pé atrás. O que é controverso, visto ser um livro aberto. Dou-me por inteiro, apesar de a pessoa não o querer. E o pior: tenho queda para rapazes com inteligência acima da média e com problemas de auto-estima e/ou existenciais. Uma mistura deveras sui generis. Ter queda não é bem o termo. Sou atraída para... é mais dessa forma. Rapazes que têm sempre a sua formação em primeiro lugar. Admito que o faço conscientemente. Parece que posso amar a vontade, sem medo de uma relação que não resulta. (porque afinal nunca passo da amizade, logo nunca há UMA relação... sou tão cobarde!) Estar perto de pessoas assim faz-me bem. Afinal era como gostava de ser. Ter a cabeça no lugar, ser menos emotiva, menos sentimentalista. Por mais que lute é-me impossível. Parece que tenho algo na minha cabeça que diz 'sente, sente tudo, de todas as formas' Será que tenho too much Fernando Pessoa no meu inconsciente? Talvez. Imagina o que é sentir o calor da pessoa por quem te sentes atraído quer fisicamente, quer emocional, ideológica e mentalmente. Uma sensação indescritiva. É excitante, empolgante, mas ao mesmo tempo frustrante. Se fossemos só nós naquele momento (por momentos senti que sim), o que eu faria... Maybe all or maybe nothing! Ele é... e eu sou... <3 eu sei que nunca passaremos desta fase. Mas não sei se o quero fazer, de qualquer forma. Somos iguais e diferentes. Ele é tão social, e eu... Bem, digamos que deixo bastante a desejar por vezes. Só sei que a presença dele me faz bem. E quero disso mais vezes. Só não me posso descair. Não quero estragar algo que nem existe... Aliás, eu não posso estragar algo que não existe!

P.S.- Castelhano é o máximo! "Si a ti te gusta, a mi me encanta!"

Quite scares me 'cause it screams the truth!