15.12.09




Jack Johnson - Sitting, Waiting, Wishing


Well I was sitting, waiting, wishing
You believed in superstitions
Then maybe you'd see the signs

The Lord knows that this world is cruel
I ain't the Lord, no I'm just a fool
Learning lovin' somebody don't make them love you

Must I always be waiting, waiting on you
Must I always be playing, playing your fool

I sang your songs, I danced your dance
I gave your friends all a chance
But putting up with them
Wasn't worth never having you

Maybe you've been through this before
But it's my first time so please ignore
The next few lines cause they're directed at you

I can't always be waiting, waiting on you
I can't always be playing, playing your fool

I keep playing your part
But it's not my scene

Want this plot to twist
I've had enough mystery
Keep building it up
Then shooting me down
But I'm already down

Just wait a minute
Just sitting, waiting
Just wait a minute
Just sitting, waiting

Well, if I was in your position
I'd put down all my ammunition
I'd wonder why'd it taken me so long

But Lord knows that I'm not you
And if I was, I wouldn't be so cruel
Cause waitin' on love aint so easy to do

Must I always be waiting, waiting on you
Must I always be playing, playing your fool

No, I can't I always be waiting, waiting on you
I can't always be playing, playing your fool


Porque esta música é brilhante e nunca fez tanto sentido!

Em stand by é assim que me sinto. Não evoluí, nem estagnei. Seria positivo que tivesse evoluído. O ano está quase a virar, e mais uma vez deveriam chegar aqueles anseios e desejos para o ano vindouro. Quais anseios? Que desejos? Estou sinceramente esgotada por esperar por algo que nunca vêm. Acho que quase dois anos de espera são suficientes não? Ah, e estou farta de me queixar também. Sinto-me tão impotente perante o meu maior desejo que é a única coisa útil que sei fazer, apontar defeitos. Tenho as duas pessoas mais importantes da minha vida a passar por situações menos boas. Isso também não me motiva propriamente. Para a ajudar quero alguém impossível, pelo menos aos meus olhos. Como sempre sou fraca de mais para dizer-lhe o quer que seja. Bem me têm dado incentivo e motivação: "Não sejas parva, não perdes nada em seres sincera". É fácil falar. A minha cabeça é expert em transformar qualquer sentimento, emoção ou impulso em algo racionável, o que torna a minha capacidade de arriscar relativamente diminuta (não quer dizer que algum dia tivesse sido muito grande). Isso também me enerva, é, aliás, o que mais me revolta. Eu já me perguntei infinitas vezes o que é que pode mudar se provavelmente a pessoa nem sente o mesmo. Fui apenas uma fuga em determinada altura e sinto-me bem por ter podido ser útil e não um estorvo. O problema é que isto tem vindo a crescer de intensidade. É como se uma brisa mínima, algo que controlava e que sabia bem quando me batia na face (porque afinal fazia-me sentir viva de alguma maneira) se tivesse transformado num tornado com vontade própria, de forma a que não há nada que realmente lhe cause entrave. Isto estava adormecido, pronto a ser esquecido, eu ia virar a página, apesar de não haver nada escrito (por isso é importante por vezes rasgar a página, em vez de a virar). E o mais estranho é que previ isto. Inevitavelmente este momento iria chegar. O problema é que não sou boa o suficiente, não sou forte quanto baste e sou avessa ao risco e afins. Imaginem a adrenalina que sinto quando idealizo tudo: o momento, as palavras, o que sentiria, o lugar, o ambiente. Nada disso seria perfeito, nada disso seria o suficiente para expressar o quanto o admiro e estimo. O curioso é que não estou apaixonada. Ele não me enche a cabeça, nem me tira a respiração, nem tão pouco me corta a respiração... Mas é um ser humano inacreditável. Quero estar aqui para quando ele precise de mim, mesmo que reprima o quanto o amo do fundo de tudo o que sou e acredito. O quanto o amo? É isso que se passa? Tenho medo de sentir amor? Ao cumulo a que cheguei.


"Este livro representa o cume da essência da paixão cega e sem fronteiras. Nas próximas páginas o leitor confrontar-se-a com uma escrita intensa em sentimento e espontaneidade, sentindo a sua atenção captada desde o primeiro momento. Elevando a pessoa amada a um estado de pureza e beleza quase angelical, os versos tornam-se guias de uma experiência arrebatadora. Quem nunca teve um amor inconsciente que o fez esquecer até de respirar? Deixe-se levar pela ingenuidade do primeiro grande amor e lembre-se que do quanto o ser humano almeja a perfeição. Será impossível não se rever numa destas páginas... Um autor que tão cedo não irá esquecer."

E pronto. Era assim que começaria aquele livro ^^

1.9.09



Verão. Palavra que me traz sempre esperança de aventura e adrenalina. Não que as procure. Elas acabam inevitavelmente por me encontrar onde quer que esteja. É como se na minha cabeça tudo me dissesse "Não te preocupes, o que é que pode acontecer?". O problema reside aí mesmo, tudo acontece quando não se espera. Há quem lhe chame ironia do destino. Há quem lhe chame lógica... Mas a realidade é que não tem lógica nenhuma. Se não vejamos:

(aproveito para fazer uma curta retrospectiva do que foi este ano lectivo, algo que não posso procrastinar mais)

Há um ano atrás entrei para a faculdade, o grande passo a caminho daquilo que será o meu futuro. Cheia de planos e de expectativas, algo natural. Depois de um ensino secundário preenchido por óptimas amizades, de pessoas únicas que contribuíram para o melhor que tenho hoje, a faculdade era uma nova porta, um novo desafio e novas aprendizagens. O que correspondeu à verdade. Cresci como pessoa. Compreendi que nem tudo tinha que mudar, que a metamorfose era desnecessária. Estou bem assim. Antes de querer mudar tenho que me assimilar por completo. Saber o porquê de. Quais os meus motivos, os meus anseios. Tenho tanto para fazer pelos outros. Dei o máximo de mim, fiz de tudo para que todos à minha volta estivessem bem, criei aquela harmonia quase que impenetrável à minha volta. Objectivo cumprido. E apesar de ser um desafio, isso não posso negar, passou tranquilamente, tal como os jogos do Sporting... Nunca me preocupei com as minhas capacidades, sabia que não seriam postas à prova, sempre dei o meu melhor, sempre. Desde que o continuasse a fazer não haveria stress. E no fim, tudo feito, notas como expectável. Quem me conhece sabe que o ponto crítico não foi a nível académico... Exacto. Tinha que me apaixonar. Algures neste blog há um ou dois posts que reflectem bem essa altura... Como sempre, lá ultrapassei, i got over it, sem grande esforço empregue. É raro a pessoa que é exactamente como transparece ser. Tornou-se um precioso amigo. Andei o resto do ano a procurar por alguém que valesse a pena. Ninguém. Tal e qual como no cinema, se não chegarmos cedo, os bons lugares já estão ocupados. Já me mentalizei que vou sair de Leiria tal como entrei: solteira e boa rapariga. Vou aproveitar as amizades ao máximo, gozar aquele espírito académico tão característico e dar sempre o meu melhor. Não sei o que o futuro me reserva, ninguém sabe. Vou tentar viver um dia de cada vez, o que é o mais difícil no meio de tudo. E quanto ao amor, vou guarda-lo para quando se justificar. Faltam duas semanas e meia para o regresso às aulas. Vou passando por aqui sempre que me lembrar ^^

Com isto tudo acabei por não chegar ao que tinha começado inicialmente. Fica para outro post...

24.8.09


As aulas começam dia 21. RHCO de novo, já como semi-doutora. Novas pessoas, novas experiências. A mesma rotina... Mas espero que não os mesmos erros! Quando tiver a minha capa deixo aqui a foto ^^

Não há nada mais perfeito que isto. Qual pôr-do-sol nas Maldivas ou em Bora Bora... Porto Novo, em todo o seu esplendor e simplicidade. A minha praia. Não a troco por nada! Perfeita para uma tarde de Leitura/Escrita/Reflexão. Ou para namorar. Se bem que esta última não se adequa, por enquanto. Magnífica tanto de dia quanto de noite, se bem que a noite tem aquele toque mágico. Pude experienciar esta magia há alguns dias atrás. Como expectável senti-me só, contudo verdadeiramente livre! O que pensei, o que senti, o que reprimi... Não quero partilhar, mas deixo este poema de E. E. Cummings:

"I Carry Your Heart With Me (I Carry It In My Heart)":

i carry your heart with me(i carry it in
my heart)i am never without it(anywhere
i go you go,my dear;and whatever is done
by only me is your doing,my darling)
i fear

no fate(for you are my fate,my sweet)i want
no world(for beautiful you are my world,my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you


here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud

and the sky of the sky of a tree called life;which grows

higher than soul can hope or mind can hide)

and this is the wonder that's keeping the stars apart


i carry your heart(i carry it in my heart)



4.7.09

Não resisto a partilhar convosco mais uma passagem do Dead Poets Society. Demonstra o quanto não devemos recear a poesia. Estará sempre, sempre presente de alguma forma, mesmo que não notemos a sua presença... Um sorriso num dia menos bom é poético, o abraço de um amigo, o correr para não chegar tarde, um grito de desepero ou tédio, uma boa noticia, um pôr-do-sol tardio... Exprimam-se, não contenham o que sentem! Não há problema se não o conseguirmos fazer publicamente. O que interessa é libertar o que temos guardado!




Pronto e já agora mais uma ^^




E não se esqueçam: CARPE DIEM! (porque um dia pode ser tarde de mais)

3.7.09



Esta é uma das minhas cotações favoritas, de um filme estreado no ano em que nasci, 1989 ^^ Sem dúvida um dos meus eleitos!

"We don't read and write poetry because it's cute. We read and write poetry because we are members of the human race. And the human race is filled with passion. And medicine, law, business, engineering, these are noble pursuits and necessary to sustain life. But poetry, beauty, romance, love, these are what we stay alive for."

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"Whatever blows your hair back"... É assim que Will responde quando lhe perguntam que tipo de livros se devem ler. Penso que não é necessário mais explicações, quem gosta de ler sabe bem qual é a sensação! (um filme de 1997)

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"[Patch stands on a cliff, contemplating suicide] So what now, huh? What do you want from me? Yea, I could do it. We both know you wouldn't stop me. So answer me, please. Tell me what you're doing. Okay, let's look at the logic. You create man. Man suffers enormous amounts of pain. Man dies. Maybe you should have had just a few more brainstorming sessions prior to creation. You rested on the seventh day, maybe you should have spent that day on compassion. [a rock tumbles down the cliff] You know what? You're not worth it. [he walks away]"

Após uma tentativa de suicídio e voluntariamente ser internado em um hospital psiquiátrico, Hunter "Patch" Adams descobre um belo dom de poder ajudar as pessoas usando o bom humor... Um filme que demonstra a importância de demonstrar compaixão. Consegues resistir à vontade de olhar apenas para o teu umbigo? Se a resposta é não, tens mesmo que ver este filme!

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"Can you hear it? The music. I can hear it everywhere. In the wind... in the air... in the light. It's all around us. All you have to do is open yourself up. All you have to do... is listen."

Um órfão que procura os pais através da música. Parece que a consigo ouvir neste momento... Um filme completamente avassalador, para pessoas criativas que cultivam a imaginação! (mais recente, de 2007)



Aqui fica a cena em que pai e filho tocam juntos, como completos estranhos : )



Eu venero o Robin Williams!

Maravilhoso actor!

Adoro a maneira como dá profundidade às personagens e lhes dá aquele toque só dele : )

Walter - Fascinating! There’s another possibility, it’s a bit complicated… Déjà vu!

Olivia – It wasn’t Déjà vu, Walter. Not even close!

Walter – Typical protracted Déjà vu, prolonged… you’re familiar with the liability of space/time, yes?

Peter – Of course, who isn’t?

Walter – Let me explain: most of us experience life as a linear progression, like this. But this is an illusion, because everyday life presents us with an array of choices. As a result, life should be more like this… And each choice leads to a new path: to go to work, to stay home… And which choice we take creates a new reality! Do you understand?

Olivia – Yes. But what does that have to do with déjà vu?

Walter – Déjà vu is simply a momentary glimpse to the other side. Almost everyone experiences it: we feel that we’ve been somewhere before, ‘cause actually we have in another reality. It’s the new path, the road not taken!




Para quem conhece e devora a serie da fox, Fringe, esta é uma passagem do Ep. 19 da primeira temporada, quando o cientista Walter Bishop explica à agente do FBI, Olivia Dunhan, o que ela tem vindo a sentir. Achei bastante interessante a explicação dada. Não é que acredite na existência de um mundo paralelo ao nosso, onde indivíduos iguais a nós vivem as escolhas e os caminhos que rejeitamos... Mas sim porque já tive deja vu's q.b. na minha curta existência. Terão que concordar comigo quando digo que é minimamente arrepiante. Aquela sensação de "calma, eu já não estive aqui ou fiz isto antes?" arrepia todos os pêlos do meu corpo (mesmo sendo eles escassos). E se, de facto, anda alguém numa realidade alternativa a viver com as escolhas que não tomei... Isso levantaria um sem número de questões. Será que está solteira como eu? Será tão emotiva? Será mais ou menos medricas que eu? Gostará de cor-de-rosa? (espero que a resposta seja não, pelo menos a esta última)

De qualquer forma aqui fica o meu bem haja à minha outra persona! You go girl! E quando quiseres dar um "a momentary glimpse" a este lado serás sempre bem-vinda.

P.S. - Garanto-te que eu tenho o melhor dos nossos dois mundos : )

30.6.09


Corro,
Mas por mais que me esforce,
Não atinjo o pretendido.

Grito,
Mas o cansaço é mais forte,
Poderoso,
E ninguém houve
Este som libertador
Que forçosamente
De mim e por mim,
Continua a resistir.

E teimo
E não desisto.

E já nem sei
Por que razão grito ou corro,
Nem que caminho tomo
De baixo destes olhares que me condenam.

A estrada parece longa,
E o caminho árduo,
Mas sei que no final
Encontrarei o teu abraço...

E é por ti,
É por ti que não sucumbo,
É por ti que me agarro
Com as poucas forças que me restam.
Porque se grito e corro sem razão aparente,
Perante um Deus e o mundo,
É por ti...

Não sei quando te encontrarei,
Não sei se alguma vez o farei,
Nem sei se és real.
Mas é por ti,
E para ti,
Todo o meu esforço,
De corpo,
Alma,
E coração.

Na esperança que um dia,
Seremos mais que um grito,
E nunca mais correrei sozinha!

25.2.09




Mais um dia de férias. Mais um dia de inutilidade e de vazio. Hoje senti mais que nunca que continuo a mesma. A mesma de há dois anos atrás, antes de tudo. Já deveria ter mudado, esse é o facto. Cabeça dura. Insegurança, vergonha e medo. Palavras que até há algum tempo atrás não faziam sentido. Estados de espírito que pensei ter enterrados algures no meu subconsciente. Pensei que tinha chegado ao cimo, e que daí ninguém me poderia derrubar. É incrível como nos pregamos partidas. Depois de tanto caminho percorrido, de quedas e sofrimento, a que se seguiram aqueles pseudo momentos de felicidade... A culpa é do topo, desse patamar utópico a que chegamos em raros instantes do nosso percurso. Por vezes desejo nunca o ter conhecido. Não podemos sentir falta do que nunca saboreámos. (penso da mesma forma com os chocolates!) Retrocedendo umas semanas, nem o conceito de refúgio psicológico era necessário. Sentia-me integrada, querida. Mas é ilusório. Algo que faço com frequência. Iludir-me. Chego a pensar se não é propositado... Pela primeira vez este ano senti o mar no meu corpo. Até ele me trata de forma diferente. Ou sou eu que o olho com um diferente olhar? Não gosto desta incerteza. Se pudesse erradicava tudo o que sugerisse dúvida da minha vida. Sinto que percorro a beira de um abismo, fascinada com o que poderá haver para lá do nevoeiro, contudo demasiado presa para saltar. Presa por estereótipos, por preconceitos, por todo um conjunto de ideias predefinidas. E enquanto estiver envolta por este tipo de ideologias sei que nunca serei eu mesma. Detesto agir segundo o que esperam de mim, mas é o que acaba por acontecer, sempre, independentemente do que quero ou do que seriam as minhas expectativas. Culpo novamente o topo (esse estado sublime) por tudo. Farei de tudo para atingi-lo novamente. Por isso fico assim quando me desiludo. Quando penso que encontrei uma alma errante como eu, com quem poderei partilhar tudo isto, o meu coração responde aos impulsos que vêm de dentro, chamem-lhe alma se quiserem, e eu não posso fazer nada. É como se o meu cérebro não filtrasse as informações. O pior é quando a ilusão cessa. E volto mais uma vez ao sentimento que fica, e ao gosto amargo. E quanto mais amargo é o gosto, mais me sinto manipulada, usada de alguma forma, por algo ou alguém, que me conhece melhor que eu. Isso revolta-me. Na vida real, forma dos meus sonhos e fantasias, são poucas as pessoas que me conhecem verdadeiramente. Poucos são os que fazer um esforço para descobrir mais do que a vista alcança. Não me admiro que me considerem uma frustrada, deve ser exactamente essa a imagem que transpareço: uma frustrada com problemas de consciência. Quadro tão lindo, não haja dúvida. O pior: lamentarmo-nos não nos leva a lado nenhum, nem tão pouco nos deixa evoluir. Só preciso de alguma motivação, masculina de preferência, para me tornar uma pessoa melhor. Odeio ter que depender dos outros, contudo a minha vida é em função do outro, sou tão paradoxal e indefinida que até é irónico... Espero pelo que nunca virá... Haja paciência!

22.2.09


A caminho de casa

Esta deveria ter sido uma semana positiva. Hoje (sexta-feira) deveria ser o meu final feliz. Neste momento vou a caminho de casa. E entre os balanços do comboio dá-me para pensar nesta semana. O jantar de curso foi, sem duvida alguma, o ponto alto. Tanto pelos bons motivos, como pelos menos bons. Sentia falta de dançar, de me rir sem motivo. O melhor é enquanto danço, não consigo pensar. Não o faço conscientemente. É apenas a adrenalina de ser eu própria a funcionar. A música, o ritmo, todas aquelas caras familiares. É sem dúvida contagiante. Eu não sou fã de sítios fechados (por alguma razão tive que sair duas vezes para apanhar ar), todo aquele odor a álcool e a tabaco também não me atraem. Contudo, o grupo valia a pena, e ia estar com ele. Pelo menos pensava eu, era essa a minha expectativa. Começando logo pela forma como me tratou à chegada. Aproximou-se da mesa dos caloiros (onde me incluo) e soltou um “olá” demasiado seco. Ele não é assim. Não é dessa forma que o vejo. E desde este olá até ao final deste jantar nada se passou. Nem tão pouco na noite de dança interminável. Passou a noite com uma cara estranha, e olhar vazio. Numa das minhas visitas ao ar fresco acabou por admitir que não estava bem. “Problemas pessoais”, disse ele. Não insisti, apesar de querer mais que tudo que ele desabafasse comigo. E cada olhar próximo cortava-me a respiração de uma forma... “Podes confiar em mim”, gritavam os meus olhos. Porém não verbalizei nada. Eu sou assim. Nem sei que palavra utilizar para caracterizar o tamanho da minha inutilidade... Porque não disse nada? Afinal quero aproximar-me. Ele também não deu sinal de querer que eu expressasse mais do que os meus olhos diziam naquele momento... é por isto que os silêncios me assustam. Porque não os sei definir. Aquele sentimento de estranheza perturbou-me bastante. E com a estranheza veio o afastamento. O estereótipo diz que as mulheres são complicadas mas o facto é que os homens também o são. E não é pouco. Especialmente os que têm tendência para crises existenciais! Não o condeno por nada, não sou ninguém para o fazer. Mas o sentimento de frustração que ficou tem um sabor amargo... Sei que precisa de mim. Só tenho que ter paciência. O meu problema é ficar dependente deste tipo de sentimentos. Aproximo-me e fico cativada. A culpa é minha. Eu não deveria funcionar assim. Já tropecei demasiadas vezes para eventualmente ter aprendido a lição... Ele não deixa de ser especial. Há-de sempre ser aos meus olhos.

16.2.09


I hung up the phone tonight,
Something happened for the first time,
Deep inside it was a rush, what a rush,
Cause the possibility that
You would ever feel the same away about me,
It’s just too much, just too much
Why do I keep running from the truth,
All I ever think about is you
You got me hypnotized, so mesmerized,
And I just got to know

Do you ever think, when you’re all alone,
All that we can be, where this thing can go,
Am I crazy or falling in love,
Is it real or just another crush
Do you catch a breath, when I look at you,
Are you holding back, like the way I do,
Cause I’m tryin’, tryin’ to walk away
But I know this crush aint’ goin’ away, goin’ away

Has it ever cross your mind when we’re hangin’,
Spending time girl,
Are we just friends, is there more, is there more,
See it’s a chance we’ve gotta take,
Cause I believe that we can make this into
Something that will last,
Last forever, forever

Do you ever think, when you’re all alone,
all that we can be, where this thing can go,
Am I crazy or falling in love,
Is it real or just another crush
Do you catch a breath, when I look at you,
Are you holding back, like the way I do,
Cause I’m tryin’, tryin’ to walk away
But I know this crush aint’ goin’ away, goin’ away

Why do I keep running from the truth,
All I ever think about is you
You got me hypnotized, so mesmerized,
And I just got to know

Do you ever think, when you’re all alone,
all that we can be, where this thing can go,
Am I crazy or falling in love,
Is it real or just another crush
Do you catch a breath, when I look at you,
Are you holding back, like the way I do,
Cause I’m tryin’, tryin’ to walk away But I know this crush aint’ goin’ away, goin’ away

Crush - David Archuleta



Mais um dia. Apenas mais um. O facto é que odeio segundas feiras, mas hoje foi mais um passo para ti. Um pouco mais da tua essência. Essa tua presença que me faz flutuar acima do chão. Quando mais sei de ti, mais me envolvo. É um emaranhado de emoção e sentimento. Espero conseguir aguentar-me. Não quero estragar isto.

15.2.09


Bem depois de uma semana como esta dei por mim a pensar numa série de músicas. Isto, aliado aos surtos de loucura com a Vanessa, resultou nesta bela lista de músicas dos anos 70, 80 e 90!

I Will Survive - Gloria Gaynor

So Happy Together - The Turtles

Oh Happy Day - The Edwin Hawkins Singers

I Say a Little Prayer - Aretha Franklin

It's Rainning Men - The Weather Girls

Girls Just Want to Have Fun - Cyndi Lauper

Killing Me Softly with His Song - Roberta Flack

More Than Words - Extreme

The Final Countdown - Europe

Pride (In the Name of Love) - U2

Can You Feel the Love Tonight - Elton John

Perfect - Fairground Attraction

I'd Do Anything for Love (But I Won't Do That) - Meat Loaf

Africa - Toto

Tears in Heaven - Eric Clapton

Time after Time - Cyndi Lauper

Here I Go Again - Whitesnake

With Or Without You - U2

You Shook Me All Night Long - AC-DC

Like a Virgin - Madonna

Beat It - Michael Jackson

Wake Me Up Before You Go-Go - Wham!

Every Breath You Take - The Police

Sweet Dreams (Are Made of This) - Eurythmics

Total Eclipse of the Heart - Bonnie Tyler

Do You Really Want to Hurt Me - Culture Club

Take My Breath Away - Berlin

I Love Rock N’ Roll - Joan Jett & The Blackhearts

We Will Rock You - Queen

One way or another - Blondie

Walking On Sunshine - Katrina and The Waves

Daddy Cool - Boney M

Hot Stuff - Donna Summer

Macho Man - Village People

Staying Alive - Bee Gees

Thats the Way - KC and The Sunshine Band

I Will Always Love You - Whitney Houston

Un-Break My Heart - Toni Braxton

Walkin on Sunshine - Pretenders

Eye of the tiger - Survivor

YMCA - Village People

Uptown Girl - BillyJoel

Unbelievable - EMF

Linger - The Cranberries

Bitch - Meredith Brooks

Believe - Cher

Freak on a Leash - Korn

Genie In A Bottle - Christina Aguilera

Iris - Goo Goo Dolls

Wonderwall - Oasis

Good Riddance (Time of Your Life) - Green Day

Semi-Charmed Life - Third Eye Blind

Wannabe - Spice Girls

Tearin’ Up My Heart - NSYNC

Livin’ la Vida Loca - Ricky Martin

Nothing Compares 2 U - Sinead O’Connor

Losing My Religion - R.E.M.

I Will Always Love You - Whitney Houston

Smells Like Teen Spirit - Nirvana

One - U2

I Want It That Way - Backstreet Boys

Ordinary World - Duran Duran

MMMBop - Hanson

High (Forever You And Me) - Lighthouse Family

I'll Be There For You - The Rembrandts

Americana - The Offspring

Cose della vita - Eros Ramazzotti

Wicked Game - Cris Isak



"É relações humanas! Não pares, não pares!" - palavras de ordem, que se revelaram ser muito mais do que um grito de guerra da tradição de praxe...

O meu curso. Relações Humanas e Comunicação Organizacional. A minha faculdade. Escola Superior de Educação (agora também de Ciências Sociais)

Um semestre passou. Tempo de partilha, trabalho, descobertas. Tempo para estabelecer prioridades e de entender quem ou o que vale a pena. Continuo eu. Aquele eu com todas as dúvidas e incertezas. Aquele eu ingénuo. O meu velho e querido (por vezes indesejado) eu. Desejei mudar, com todas a minhas forças, para algo minimamente melhor. Há aspectos em mim que mudaria sem pensar duas vezes. O facto é que se o fizesse perderia todo o meu charme... Posso ser de extremos (com toda a organização e pseudoplanos) mas gosto-me de uma maneira estranha. No meio de tanta padronização, de pensamentos e sentimentos iguais, sabe bem ser diferente. Como diria o Nuno: "I won't change to fit in because i don't think contrast is a sin"

12.2.09


Ontem foi sem dúvida alguma um dia para recordar. Um dos mais puros desde que estou em Leiria.

(para que conste, safei-me ao primeiro semestre! As notas foram óptimas. Estou realmente satisfeita com o meu desempenho. Mas continuo na mesma. Indefinida. Já comprei o meu traje académico. Um arrombo no orçamento mas vale bem a pena. Até agora tenho três emblemas: Estudante de Leiria, o do meu padrinho Luís (que me deu logo no dia de baptismo) e o do me curso. O traje é de facto um orgulho para mim. Significa toda a luta que tive para estar onde estou, que todo o esforço não foi, de facto, em vão.)

Voltando ao dia maravilha. Não houve aulas. Pelo menos para a minha turma. Acabámos por ficar pela escola, na parvoíce. Foi uma tarde de conversa, risos, partilha. Fez-me bem. Especialmente por uma certa pessoa estar presente. Ele afecta-me de uma maneira que não sei explicar. Parece deja vu, mas sabe incrivelmente bem. Não estou oficialmente apaixonada, mas já faltou mais. Mas nunca levem nada do que digo como garantido. Sou demasiado estranha para o fazerem. Eu apaixono-me demasiado. E com demasiada intesidade. Já estou vacinada contra desgostos amorosos e isso faz com esteja sempre de pé atrás. O que é controverso, visto ser um livro aberto. Dou-me por inteiro, apesar de a pessoa não o querer. E o pior: tenho queda para rapazes com inteligência acima da média e com problemas de auto-estima e/ou existenciais. Uma mistura deveras sui generis. Ter queda não é bem o termo. Sou atraída para... é mais dessa forma. Rapazes que têm sempre a sua formação em primeiro lugar. Admito que o faço conscientemente. Parece que posso amar a vontade, sem medo de uma relação que não resulta. (porque afinal nunca passo da amizade, logo nunca há UMA relação... sou tão cobarde!) Estar perto de pessoas assim faz-me bem. Afinal era como gostava de ser. Ter a cabeça no lugar, ser menos emotiva, menos sentimentalista. Por mais que lute é-me impossível. Parece que tenho algo na minha cabeça que diz 'sente, sente tudo, de todas as formas' Será que tenho too much Fernando Pessoa no meu inconsciente? Talvez. Imagina o que é sentir o calor da pessoa por quem te sentes atraído quer fisicamente, quer emocional, ideológica e mentalmente. Uma sensação indescritiva. É excitante, empolgante, mas ao mesmo tempo frustrante. Se fossemos só nós naquele momento (por momentos senti que sim), o que eu faria... Maybe all or maybe nothing! Ele é... e eu sou... <3 eu sei que nunca passaremos desta fase. Mas não sei se o quero fazer, de qualquer forma. Somos iguais e diferentes. Ele é tão social, e eu... Bem, digamos que deixo bastante a desejar por vezes. Só sei que a presença dele me faz bem. E quero disso mais vezes. Só não me posso descair. Não quero estragar algo que nem existe... Aliás, eu não posso estragar algo que não existe!

P.S.- Castelhano é o máximo! "Si a ti te gusta, a mi me encanta!"

Quite scares me 'cause it screams the truth!

20.1.09



Pecado.
Querer-te é pecado.
Querer-te e não te ter é pecado.

Este sentimento corrompe-me,
Não me deixa ser racional.

Se não te tenho,
Se não me tens,
Porque persiste em mim esta vontade?

Surgiste tardiamente na minha existência,
Mas sinto que de alguma forma,
Estiveste sempre aqui...

Quero-te!
De uma forma desenfreada,
Qual onda que embate na areia,
Qual tempestade em alto mar.

A cada onda
Um suspiro,
A cada grão de areia
Um beijo perdido no tempo,
A cada raio de sol
Um pouco mais de esperança.

Amar um amigo.
Desejar demasiado.
Um querer sem regras.

Pecado? Talvez.



Como o prometido é devido, aqui está um post novinho em folha. Hoje é dia 13 de Janeiro de 2009. Muita coisa se passou desde o Verão. Consegui ingressar em Leiria e estou neste momento na biblioteca da ESECS (Escola Superior de Educação e Ciências Sociais), antiga ESEL (Escola Superior de Educação de Leiria).
É verdade, consegui o que tanto ambicionava. Sou finalmente caloira numa escola do ensino superior português. Fui praxada (e confesso que tenho saudades), conheci gente nova, com ideias diferentes das minhas. Contudo, eu continuo exactamente na mesma. O tal desejo de mudança ainda está por concretizar, mas enquanto há vida há esperança.
A turma criou um ambiente positivo e de inserção logo desde inicio. As praxes foram bem explícitos deste facto. A união era visível. Os semi-doutores e doutores finalistas foram um factor decisivo para a integração. O que seria de nós sem eles. Tenho 3 padrinhos académicos maravilhosos, a Micaela, um amor de rapariga, acho que não poderia ter tido mais sorte. É uma pessoa humilde, compreensiva e bastante acessível. No meu ideal é desta forma que um padrinho académico deve ser; o luís, um senhor crescido com o coração do tamanho do mundo, e que ofereceu aos seus afilhaditos o belo do emblema do padrinho; e por fim, a Ana, que já é finalista. Dos 3 é a que vejo menos, mas falamos de vez em quando pelo MSN.
Estou a meio da semana de frequências. Para trás ficou um semestre inteiro. De aulas atrás de aulas, trabalhos e apresentações orais. Mas não esperava outra coisa. Por enquanto tenho-me safado bem, pelas notas que já saíram. Contudo, prognósticos só no final do jogo. Ainda tenho mais uma semana de trabalho duro pela frente. Nada que me assuste. O que me assusta é pensar nos exames. Gostava de conseguir as 3 semanas dos exames livres. É praticamente impossível, especialmente com História Política. Desde o básico que eu e a história nos damos relativamente mal. É uma relação baseada na convivência por obrigatoriedade nunca irá resultar. O professor até é simpático, mas é tanta coisa sobre tudo e tudo sobre tanta coisa. Só rezo por um 8. Não peço mais nada até ao Natal de 2009.
Ainda não comprei o meu traje. Essa vai ser a minha recompensa pelo esforço deste mês. Mal consigo esperar por ver-me de saia... vai ser um facto histórico!