24.11.10


É assim. É tudo muito bonito, mas as saudades vieram para ficar. Espanha está a ser praseirosa mas, definitivamente, não há nada como a nossa casa. Não pelo facto de ter que cozinhar ou fazer as tarefas caseiras (todos sabem que sou maníaca por limpeza e as minhas aptidões para cozinhar até melhoraram desde que cá estou), mas pelos os amigos que me fazem cada vez mais falta a cada dia que passa. Nada substitui a verdadeira amizade. E saber que sentem a minha falta também não ajuda muito... Sei que estas saudades provêm da minha parcial desilusão com Erasmus: o espírito por aqui é escasso, as pessoas estão dispersas e fomentam intrigas e diz-que-disse, o que nunca me passou pela cabeça quando me candidatei. Segóvia é uma cidade pacata, não tenho nada a apontar. A nível de aulas tudo corre lindamente (recebi um 10 esta semana, motivo de euforia, obviamente) e a bolsa Erasmus tardou, mas já cá está. Tudo deveria estar equilibrado. Pois, não está. Há um espaço em branco, aquela parte que não se preenche assim tão facilmente. Não se pode enganar o coração por mais que se tente e se invente mil e uma manobras. Oiçam de quem está a passar pela experiência, é uma tentativa falhada!

18.11.10

No passado dia 12 de Novembro tive oportunidade de participar na organização de uma visita guiada por Segóvia, para um grupo de estudantes universitárias americanas vindas de Oregon. Para além da magnífica ocasião para praticar o meu inglês com nativas (todos sabem que a mi me encanta la lengua englesa), acabei por usar também o meu espanhol, já que as referidas alunas estão em Espanha a participar de um programa de intercâmbio de 10 semanas, com o objectivo de aprender a língua de nuestros hermanos


Começamos por volta das 4 da tarde e a visita acabou
por se prolongar até cerca das 7 da noite!


A actividade foi proposta pela nossa professora de inglês Mamen Hornos. Como devem calcular foram as espanholas que organizaram o itenerário, e o facto é que no final se revelou mais interessante que a visita pela Juderia em que o grupo de Erasmus participou na chegada. Conheci mais sobre as tradições e as lendas da cidade nesta tarde do que na  manhã que passámos com a guia oficial! 


As montanhas conhecidas como La Mujer Muerta.


Uma das lendas que ouvi achei bastante curiosa, até pelo seu nome: a lenda da mulher morta. Com a lenda que uma mãe se quis sacrificar a Deus para que este salvasse os seus filhos. Deus aceitou o seu sacrifício e depositou o corpo no cume das montanhas. O povo diz que é por isso que os contornos da montanha nos recordam uma silhueta feminina! Demora um tempo, mas com alguma concentração é possível identificar o rosto, e a partir daí o resto do corpo.


Pausa para os nossos pés, Calle Juan Bravo.


Magnífica vista de Segóvia! E já há neve nas montanhas...


Céu ardente na tarde outonal.


As espanholas (organização) com o grupo no final da tarde.
Aqueduto em plan de fundo.


No fim de contas só tenho uma palavra: único! Foi uma experiência que espero vir a poder repetir num futuro próximo, apesar de saber que o quero profissionalmente não passa nem perto de Turismo.