30.6.09


Corro,
Mas por mais que me esforce,
Não atinjo o pretendido.

Grito,
Mas o cansaço é mais forte,
Poderoso,
E ninguém houve
Este som libertador
Que forçosamente
De mim e por mim,
Continua a resistir.

E teimo
E não desisto.

E já nem sei
Por que razão grito ou corro,
Nem que caminho tomo
De baixo destes olhares que me condenam.

A estrada parece longa,
E o caminho árduo,
Mas sei que no final
Encontrarei o teu abraço...

E é por ti,
É por ti que não sucumbo,
É por ti que me agarro
Com as poucas forças que me restam.
Porque se grito e corro sem razão aparente,
Perante um Deus e o mundo,
É por ti...

Não sei quando te encontrarei,
Não sei se alguma vez o farei,
Nem sei se és real.
Mas é por ti,
E para ti,
Todo o meu esforço,
De corpo,
Alma,
E coração.

Na esperança que um dia,
Seremos mais que um grito,
E nunca mais correrei sozinha!