8.10.10

Na chegada. Uma das primeiras ruas que pisei em Valladolid.



Valladolid é sem dúvida uma cidade encantadora! Nem sei por onde começar... Talvez pelo início, certo? Na sexta-feira foi a vez de visitarmos esta bela cidade, mais uma vez para um dia de orientação. Chegámos por volta das 10.30, depois de uma hora e meia de viagem desde Segóvia, e à medida que nos aproximávamos cada vez mais me dava conta que nada daquilo se parecia com a minha cidadezinha de mobilidade, com todo o devido respeito. As ruas eram largas, havia muito mais movimento e, a cada esquina, uma tienda de roupa diferente. O número de carros quadruplicara, para colmatar o excesso de pessoas. O ponto de encontro era o Palácio de Congressos, e embora já nos tivessem advertido para o facto que em Valladolid seriamos cerca de 900 estudantes, vindos de programas de mobilidade, não estava muito convencida. Teria de ver para querer!


Palácio de Congressos da UVA.



Bastou chegar ao campus universitário para perceber isso. As residências de estudantes eram enormes. Grandes prédios ao redor da universidade, universidade essa cujo o tamanho correspondia bem ao número de residências vistas.


Um dos blocos de residências.



Tudo o que vi transpirava qualidade de vida, e por uns escassos momentos invejei não estudar ali. Ao entrar no local de congressos compreendi bem o que o número 900 quantifica! Pelo que nos disseram na palestra vêm alunos do Japão, da China e até mesmo da Austrália. A minha inveja aumentou significativamente quando imaginei como seria o ambiente nocturno.


Já no interior, com a maior parte dos estudantes de mobilidade.



Depois de ouvirmos praticamente as mesma explicações que nos tinham sido dadas em Segóvia, foi-nos dito que à saída haveria guias turísticas que nos levariam para conhecer os pontos históricos da cidade. Começámos numa catedral (agora convertida em museu) e terminámos na Plaza Mayor, onde faleceu Cristovão Colombo, razoavelmente rico devido ao ouro que os seus homens tinham acumulado, no dia 20 de Maio de 1506.


Na entrada da Catedral, actualmente palco do
Museo Nacional del Colegio de San  Gregorio.


Pormenor da fachada, com símbolos da Comunidade de
Castilla y León.

Uma das ruas da cidade, a caminho da Plaza Mayor.

Plaza Mayor, o culminar da visita guiada.

Aqui faleceu Cristovão Colombo, aos 55 anos.

O grupo, no final da visita guiada!

O almoço foi livre, cada um optou pelo local que mais lhe convinha. O nosso grupinho de Segóvia manteve-se mais ou menos unido, e a verdade é que eramos 7 na Pans & Company. A fome era tão pouca que ninguém se arriscou na comida típica, com receio de não ficarmos satisfeitos. Na parte da tarde a conversa foi fluindo, enquanto explorávamos a cidade. 


Rua comercial. De salientar a figura humana no topo
do edifício, ao fundo. 


Aborreci-me um pouco com tanto "sai de uma loja, entra noutra", mas valeu a pena. Conforme o tempo passava percebi muitos deles seriam potenciais amigos para vida, algo deveras reconfortante. Danira e Gabi (alemãs), Klára e Martín (checos), Humberto (Venezuelano) e nós, as portuguesinhas. 


Uma das pérolas preciosas do dia! (sem comentários) 


Tenho que dizer a verdade. Foi nesta tarde que tive o meu primeiro encontro imediato do 3º grau! Nada previa que algo assim iria acontecer. Entrámos no Carrefour para comprar uma àgua, e lá estava ele. Sossegado, olhar meigo... Não resisti. Quando saí do supermercado não vinha sozinha. Trazia comigo um tigre de peluche de 1 metro de altura! Foi a estrela do dia. Apelidei-o de Paco, o que lhe deu ainda mais carisma. Hoje não há dia que não me perguntem por ele. Tornou-se a nossa mascote. O reencontro estava marcado para as 5 da tarde na Plaza Mayor, já que mais tarde assistiriamos à cerimónia de abertura do ano lectivo na Casa del Estudiante.


Da esquerda para a direita: Martín, Klára, Vanessa,
Paco e Humberto.


A caminho da Casa del Estudiante paramos um pouco nos principais pontos turísticos, para dar oportunidade de tirarmos as últimas fotos, especificamente na Praça de Espanha e na zona do Campo Grande, locais encantadores pela arquitectura.


A fonte da Plaza de España (a foto não era tão explícita)


No centro do Campo Grande, a enorme fonte.


No nosso último compromisso do dia ouvimos testemunhos de estudantes de mobilidade dos variados programas e bolsas que existem em Valladolid. Como é óbvio, todos salientaram a óptima experiência que tiveram e a forma como viver noutro país influenciou as suas vidas e carreiras profissionais. Para concluir a cerimónia assistimos à actuação do Coro da universidade, o qual vez um convite a quem gostasse realmente de cantar. Fui obrigada a morder o lábio inferior. Com uma actuação daquelas foi impossível não ficar cativada! Tenho cantado no quarto, como é hábito. Aqui não há karaoke e o meu único público é o meu senhorio, quando se coloca com o ouvido na porta do meu quarto! Hei-de sobreviver. 


O imponente coro da UVA.


No final fomos convidados a beber algo com o Vicerrector da Universidade de Valladolid. Havia também longas mesas com petiscos locais. O cansaço já era evidente, depois do longo dia, mesmo assim o grupo ainda mantinha o espírito.


Em cima: Coralie, eu, Humberto e Gabi. Na parte inferior: Fátima,
Kathy, Vanessa e Danira.


Por volta das 10 e qualquer coisa voltámos a Segóvia. Se tivesse que escolher uma palavra para este dia seria certamente "enriquecedor". Conheci toda uma nova cidade, acompanhada de pessoas excepcionais e ainda ganhei um companheiro de quarto. O que é que se pode pedir mais? Após tanta acção, não consegui esconder a fadiga e fui apanhada desprevenida:


Sleeping Beauty.

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