10.9.08

O céu. Esse azul imenso, salpicado pelo branco das nuvens. E se o azul de vida que possuo também fosse salpicado de pureza? Talvez não ignorasse as flores que pedem para brotar no meu caminho?
Olho mais de perto. Sinto o vento na face. Sinal de mudança?


I can not find a way to describe it, it’s there inside, and all I do is hide… I wish there it just go away. What would you do if you knew?
I feel like I I’m all alone, all by myself, I need to get around this… My words are cold; I don’t want them to hurt you. If I show you I don’t think you’d understand, because no one understands.

Compreendo então que o céu e a terra não estão assim tão distantes. Talvez tu não estejas assim tão longe. Se por meu passo te seguisse, talvez em pouco tempo chegaria a ti. Mas isso é ilusão. Pois meus passos não são mais que pedaços de nuvens salpicados na calçada do destino. Saltitando como uma criança, aí talvez a ti chegasse. Criança ignorante e inocente, que nada sabe das pedras desta calçada. Para ela, a calçada é céu, e o céu calçada. Porque o céu e a terra são unos. Mas não sou criança. Nem mulher. Nem pessoa. Nem céu ou calçada.


Everybody is always talking at me, everybody is trying to get in my head, I want to listen to my own heart talking, I need count on myself instead. Don’t you ever lose yourself to get what you want? Don’t you ever get on a ride and want to get off? Don’t you ever push away the one you should have close? Don’t you ever doubt your dream will never come true? Don’t you ever blame the world but never blame you? I will never try to live a lie again… I don’t want to win this game if I can’t play it my way!


Se fosse céu quereria ser terra. Se de terra me tratasse desejaria ser calçada. Se fosse calçada quereria ser criança. Se criança nascesse desejaria ser mulher. E enquanto mulher sonharia ser céu salpicado de nuvens brancas de pureza. O que sou? No que me tornarei? Terei de aceitar o meu destino? Mas o que é o destino?
Ser o que sou, tornar-me algo, aceitar o meu destino seja ele o que for? Seguir o fio de vida que me deram á nascença? Segui-lo, entre céu e terra, pisando esta calçada de destino? Será esse o meu propósito?



It’s no good at all, to see yourself and don’t recognise your face, out on my own it’s such a scary place! The answers are all inside of me, all I got to do is believe! I’m not going to stop till I get my shot, that’s who I am, that’s my plan, we’ll end up on top again! To turn my life around, today is The Day…



O que não me mata torna-me mais forte. Mais resistente. Que me pisem, como se calçada me tratasse. Pois o caminho por onde sigo pode ser estreito, maltratado pelo tempo, escondido de modernidade e de atalhos, mas há-de chegar o fim, onde encontrarei o fim destas encruzilhadas e em que não haverão mais becos sem saída. Sem ratoeiras ou truques. Aí encontrar-te-ei. Sem lutar contra a calçada de destino, colhendo as flores que finalmente brotarão no meu caminho. E aí serei céu, calçada, terra, criança e mulher.

1 comentário:

Joana é o meu nome disse...

Lindo, sem dúvida.