O amor...

Sentimento tão nobre esse!
Motivo de expressão de poetas e pintores,
De romancistas e músicos.

Algo que nos causa
Tremores,
Alegria...
Algo que nos dá um sentimento de adrenalina
E de euforia.
Algo que nos consciencializa
Que somos detentores de tudo e de todos,
De que é possível carregar o mundo nos ombros
Para fazer uma pessoa feliz.

Ilusório?
Enganador?
Talvez...
Mas decididamente
Traz-nos a certeza
Que alguém nos confia
O seu coração,
O seu corpo,
E até mesmo a sua alma!
Traz-nos a convicção
Que alguém pensa em nós,
E de que nunca seremos esquecidos.
Traz-nos a firmeza
De que sós nada somos,
Simplesmente o outro nos torna completos.

O amor é
O fruto da junção de duas almas
Que vagueavam sem destino...
O amor é
A eterna chama da felicidade
Alimentada pela esperança e pelo carinho.
O amor é
O guia eterno do coração
Durante toda a nossa existência.
O amor é
A certeza de poder cair sem nos magoarmos,

Pois sabemos que haverá sempre alguém
Para nos amparar a queda.

O amor é construído
Com base naquilo que adquirimos
E experimentámos no passado,
Com o que vivemos
E sentimos no presente,
E com as ambiguidades do futuro!

O amor torna simples
As maiores perplexidades do mundo!

O amor cega os olhos,
Mas aclara a vista ao coração.
Faz com que cada palavra dita
Não seja inútil.
Faz com que cada pensamento
Possa ser compartilhado

E desfrutado ao máximo.
Torna um pequeno instante
Num momento memorável
Para o resto da vida.

Envolve-nos na infância,
Atormenta-nos na adolescência,
Segura-se na idade adulta
E reconforta na velhice.

É algo que nos é intrínseco.
Algo do qual não podemos fugir,
Pois tal como a nossa sombra,
Nunca nos abandona,
Está sempre lá...
Só necessita de um pouco de luz.
Luz essa que só encontramos nos outros.

Durante a nossa vida,
Buscamos incessantemente
Essa luz...
Para que ofusque o nosso ser
E para que preenchamos
O vazio que em nós existe!