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Na chegada. Uma das primeiras ruas que pisei em Valladolid. |
Valladolid é sem dúvida uma cidade encantadora! Nem sei por onde começar... Talvez pelo início, certo? Na sexta-feira foi a vez de visitarmos esta bela cidade, mais uma vez para um dia de orientação. Chegámos por volta das 10.30, depois de uma hora e meia de viagem desde Segóvia, e à medida que nos aproximávamos cada vez mais me dava conta que nada daquilo se parecia com a minha cidadezinha de mobilidade, com todo o devido respeito. As ruas eram largas, havia muito mais movimento e, a cada esquina, uma tienda de roupa diferente. O número de carros quadruplicara, para colmatar o excesso de pessoas. O ponto de encontro era o Palácio de Congressos, e embora já nos tivessem advertido para o facto que em Valladolid seriamos cerca de 900 estudantes, vindos de programas de mobilidade, não estava muito convencida. Teria de ver para querer!
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Palácio de Congressos da UVA. |
Bastou chegar ao campus universitário para perceber isso. As residências de estudantes eram enormes. Grandes prédios ao redor da universidade, universidade essa cujo o tamanho correspondia bem ao número de residências vistas.
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Um dos blocos de residências. |
Tudo o que vi transpirava qualidade de vida, e por uns escassos momentos invejei não estudar ali. Ao entrar no local de congressos compreendi bem o que o número 900 quantifica! Pelo que nos disseram na palestra vêm alunos do Japão, da China e até mesmo da Austrália. A minha inveja aumentou significativamente quando imaginei como seria o ambiente nocturno.
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Já no interior, com a maior parte dos estudantes de mobilidade. |
Depois de ouvirmos praticamente as mesma explicações que nos tinham sido dadas em Segóvia, foi-nos dito que à saída haveria guias turísticas que nos levariam para conhecer os pontos históricos da cidade. Começámos numa catedral (agora convertida em museu) e terminámos na Plaza Mayor, onde faleceu Cristovão Colombo, razoavelmente rico devido ao ouro que os seus homens tinham acumulado, no dia 20 de Maio de 1506.
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Na entrada da Catedral, actualmente palco do
Museo Nacional del Colegio de San Gregorio. |
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Pormenor da fachada, com símbolos da Comunidade de
Castilla y León. |
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Uma das ruas da cidade, a caminho da Plaza Mayor. |
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Plaza Mayor, o culminar da visita guiada. |
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Aqui faleceu Cristovão Colombo, aos 55 anos. |
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O grupo, no final da visita guiada! |
O almoço foi livre, cada um optou pelo local que mais lhe convinha. O nosso grupinho de Segóvia manteve-se mais ou menos unido, e a verdade é que eramos 7 na Pans & Company. A fome era tão pouca que ninguém se arriscou na comida típica, com receio de não ficarmos satisfeitos. Na parte da tarde a conversa foi fluindo, enquanto explorávamos a cidade.
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Rua comercial. De salientar a figura humana no topo
do edifício, ao fundo. |
Aborreci-me um pouco com tanto "sai de uma loja, entra noutra", mas valeu a pena. Conforme o tempo passava percebi muitos deles seriam potenciais amigos para vida, algo deveras reconfortante. Danira e Gabi (alemãs), Klára e Martín (checos), Humberto (Venezuelano) e nós, as portuguesinhas.
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Uma das pérolas preciosas do dia! (sem comentários) |
Tenho que dizer a verdade. Foi nesta tarde que tive o meu primeiro encontro imediato do 3º grau! Nada previa que algo assim iria acontecer. Entrámos no Carrefour para comprar uma àgua, e lá estava ele. Sossegado, olhar meigo... Não resisti. Quando saí do supermercado não vinha sozinha. Trazia comigo um tigre de peluche de 1 metro de altura! Foi a estrela do dia. Apelidei-o de Paco, o que lhe deu ainda mais carisma. Hoje não há dia que não me perguntem por ele. Tornou-se a nossa mascote. O reencontro estava marcado para as 5 da tarde na Plaza Mayor, já que mais tarde assistiriamos à cerimónia de abertura do ano lectivo na Casa del Estudiante.
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Da esquerda para a direita: Martín, Klára, Vanessa,
Paco e Humberto. |
A caminho da Casa del Estudiante paramos um pouco nos principais pontos turísticos, para dar oportunidade de tirarmos as últimas fotos, especificamente na Praça de Espanha e na zona do Campo Grande, locais encantadores pela arquitectura.
A fonte da Plaza de España (a foto não era tão explícita)
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No centro do Campo Grande, a enorme fonte. |
No nosso último compromisso do dia ouvimos testemunhos de estudantes de mobilidade dos variados programas e bolsas que existem em Valladolid. Como é óbvio, todos salientaram a óptima experiência que tiveram e a forma como viver noutro país influenciou as suas vidas e carreiras profissionais. Para concluir a cerimónia assistimos à actuação do Coro da universidade, o qual vez um convite a quem gostasse realmente de cantar. Fui obrigada a morder o lábio inferior. Com uma actuação daquelas foi impossível não ficar cativada! Tenho cantado no quarto, como é hábito. Aqui não há karaoke e o meu único público é o meu senhorio, quando se coloca com o ouvido na porta do meu quarto! Hei-de sobreviver.
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O imponente coro da UVA. |
No final fomos convidados a beber algo com o Vicerrector da Universidade de Valladolid. Havia também longas mesas com petiscos locais. O cansaço já era evidente, depois do longo dia, mesmo assim o grupo ainda mantinha o espírito.
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Em cima: Coralie, eu, Humberto e Gabi. Na parte inferior: Fátima,
Kathy, Vanessa e Danira. |
Por volta das 10 e qualquer coisa voltámos a Segóvia. Se tivesse que escolher uma palavra para este dia seria certamente "enriquecedor". Conheci toda uma nova cidade, acompanhada de pessoas excepcionais e ainda ganhei um companheiro de quarto. O que é que se pode pedir mais? Após tanta acção, não consegui esconder a fadiga e fui apanhada desprevenida:
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Sleeping Beauty. |